domingo, 12 de dezembro de 2010

Minha autora favorita: Ludmila Fernanda


Viva o MSN!

Há quem diga que bate-papo, MSN, Orkut e outros inúmeros meios tecnológicos que encurtam a distância entre as pessoas só servem para artificializar as relações. Mas tenho que discordar. Vou contar-lhe o início de uma história que ilustra muito bem meu modo de pensar:
Era uma vez uma moça que há muito tempo sentia uma pontinha de tristeza no coração. Ela podia até não admitir, mas essa tristeza era fruto de um sentimento muito comum nos seres humanos do século XXI, a solidão. Não que ela não tivesse amigos, pois os tinha em abundância, ou até mesmo pretendentes, uma vez que esses não faltavam a ela. Mas sempre há na nossa casa aquele quartinho que não pode hospedar qualquer visita. E as visitas que andavam freqüentando sua casa não eram lá muito dignas de pernoitar por lá.
Um dia, não tão belo como nos contos de fadas, essa jovem resolveu se aventurar nos mares virtuais e começou sua navegação pela internet. Entre resumos de capítulos da novela das 8 (que começa às 9) e matérias sobre a nave BBB, acabou entrando num chat. A principio não se sentiu seduzida por criativos candidatos a cia noturna que se apresentavam como Gostoso Cam, Casado quer novinha, Policial sarado, entre outros muitos. Depois de algumas decepções, eis que ela avista uma luz, não era no fim do túnel, era a luz laranja da janelinha do MSN...
“Luciano??? Quem será esse??? Não lembro de tê-lo adicionado no meu MSN...” - pensou ela.
            Mas como estava aberta a novas oportunidades, não hesitou em descobrir quem era esse estranho, perdido em seu MSN na madrugada. (É engraçado como um simples nome de batismo pode ser mais aproximador do que pseudônimos eróticos.)
            A conversa começou com aquelas perguntas típicas de questionário sócio-econômico: nome, idade, estado civil, onde mora, do que gosta, o que faz, etc..Mas o bate-papo ficou mais interessante do que ela esperava. De repente ela se viu conversando com alguém que tinha mais do que informações sócio-econômicas para passar. Ele a surpreendeu: inteligente, engraçado, gentil, maduro, responsável... nossa, um ser humano raro!
            Parece que houve reciprocidade nessa empatia sentida por ela. Troca de elogios, de experiências, de telefone... e ele ligou... outra surpresa: a voz... que voz... linda voz...
            A distância física, que a princípio parecia um empecilho, passou a ser apenas um detalhe facilmente superável. Os complexos que ela sentia desapareciam cada vez que ele declarava o quão linda ela era.
            Pode parecer estranho, mas a vontade que ela tem é de hospedá-lo no seu quarto especial. Alguém que nunca viu, apenas leu e ouviu, mas que dispara seu coração, toca sua alma e perturba sua mente.
            O final da história? Ainda está por ser escrito... ou melhor, vivido...

by Ludmila F. Ferreira

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