domingo, 12 de dezembro de 2010

Ludmila

Um pouco de mim...

            É difícil falar algo sobre alguém que pouco conheço: eu mesma. Pasmem! Mas é a verdade nua e crua, pouco sei sobre mim.
            Dados como nome, idade, estado civil, número da vestimenta são tão superficiais diante da complexidade do ser humano, que chega a ser um atrevimento tentar me resumir a isso. Mas vou fazer como os bebês, um passo de cada vez, e quem sabe me conheço mais através desse blog!?
            Meu nome é Ludmila, tenho 24 anos, solteira, sou professora de Língua Portuguesa, filha de pais separados. Sobre minha família, vou ser bem clichê: é meu porto seguro. Problemas ela tem como qualquer outra, incompatibilidade de gênios, divergência de opiniões, mas nada que fuja ao convencional.
            A gente só compreende o verdadeiro significado da entidade família na hora da dor. Quando não sabemos pra onde correr ou a quem recorrer, quando o mundo nos vira as costas, nos sentimos sozinhos... aí surge como que divinamente o colo de mãe, o abraço da irmã, uma palavra de consolo da avó.
            Minha profissão é onde me realizo também como ser humano. É como sempre digo: ser professor é um dom, um chamado. Lidar com outros seres humanos de maneira tão intensa me transforma a cada dia. Sinto que aos poucos tenho aprendido a olhar as pessoas com outros olhos, ver além do que está visível. Estou aprendendo a aceitar e respeitar as diferenças, a individualidade, a bagagem cultural e familiar de cada um. Admito, não é uma tarefa fácil, pelo contrário, requer um esforço mental enorme e constante, mas é gratificante quando percebo o carinho, o respeito nos olhares e atitudes dos meus alunos.
            Deus. Ele é “o cara”. Às vezes me pego pensando como um único ser pode ser capaz de cuidar de todo universo, sem perder os mínimos detalhes. Respeito todas as religiões, mas não acredito que Deus tenha instituído que uma está certa ou outra errada. O que cada um deve fazer é buscá-lo onde lhe parecer mais fácil encontrar. Não é o fato de freqüentarmos uma igreja ou centro, ou templo que nos fará merecedores ou não das dádivas divinas, porque Deus vê além... através do que nós julgamos ver. Sabe aquele lugarzinho mais secreto da sua mente, da sua alma, aonde ninguém consegue chegar? Meu amigo, Deus chega...
            Amor... ah, é o amor... nem sei o que dizer... mas vou dizer que o amor é uma falácia. Calma, não se assustem! Depois explico por que, em algum texto.
            O que posso dizer a princípio é que minha felicidade independe de certas formas de amor. Preciso do amor de Deus, dos familiares e amigos, mas principalmente do amor próprio. Quando eu descobri que eu era o amor da minha vida, tudo mudou. Nada utópico demais. Basta nos colocarmos como prioridade ao invés de priorizar um namorado, um desejo, uma situação. Porque o namorado, a situação e o desejo dependem de que você esteja se amando muito para que deem certo.
            Quanto aos amigos, só posso dizer que os tenho em um lugar especial, aconchegante, seguro, um lugar de onde só poderão sair por livre vontade, nunca serão arrancados ou expulsos de lá. Eu amo tanto meus amigos que sofro com e por eles. Me alegro com e por eles. E, se pudesse, faria tudo com e por eles.
            A cada dia que passa tenho descoberto coisas novas sobre mim, sobre as pessoas, sobre o mundo. Fico impressionada comigo mesma e com tudo a minha volta, e o que me mantém sóbria diante de tudo é minha vontade de ir além do que eu mesma consigo imaginar. Não me fecho para as possibilidades. Se assim não está bom... sinto muito... vou mudar o método. Isso não é ter a cabeça no mundo da lua. Mas não me reduzo ao que as pessoas querem que eu seja, ou ao que a situação delimita. Ou eu domino minha vida, ou ela me dominará.
            Saberemos mais sobre mim e todo o resto...

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